domingo, 12 de outubro de 2014

Tudo quanto é pequeno tem graça menos o pão.







“Tudo o que é pequeno tem graça, menos o pão.”

Foi a primeira coisa que me veio à cabeça quando tomei consciência da moda das fotos em criança no Facebook. De facto, as crianças cativam pela sua graça natural, pelo sorriso maroto, pela inocência e por muitos mais motivos. Durante mais de 45 anos convivi, em Fontanelas, com o “Zé Bacalhau", até à sua morte. Trabalhou, até se reformar, na casa dos meus pais e viu-me nascer, praticamente. Na sua infância tinha apanhado o tempo da guerra e herdado uma família de parcos recursos, onde a maior parte das vezes o pão na mesa era pequeno e escasso. Cedo teve que ir “servir” como “moço” em casa de famílias mais abastadas e fazer pela vida. Lembro-me como se fosse hoje do seu comentário para tudo o que era pequeno, com graça, inocente, atrevido, como um gatito, um cachorro ou uma criança: 
“Tudo o que é pequeno tem graça, menos o pão”.


Boa, Zé Bacalhau!!!

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