terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Fogos de artifício


         Fogos de artifício

Este final de ano promete ser barulhento. A economia está em alta e as camaras municipais, governos regionais, juntas de turismo e demais entidades que querem brindar os seus munícipes/clientes com um deslumbrante fogo de artifício abriram os cordões à bolsa e a coisa promete. É diretamente proporcional a importância do evento face à dimensão da entidade patrocinadora. Na Madeira a tradição manda que seja um deslumbrante espetáculo pirotécnico de 170.000 peças. Um pouco por todo o país os fogos de artifício são uma constante, é um facto.
Neste contexto de espetáculo de arregalar o olho em pleno século XXI, alguém se lembra:

- Das crianças que estão na sua fase de sono e que serão incomodadas pelos rebentamentos dos petardos e que lhes irão provocar choro, pânico, medo e outras coisas menos boas?
- Dos incêndios provocados?
- Dos animais que morrem (literalmente) de medo e de pânico?
- Dos animais que fogem dos seus cuidadores e que simplesmente desaparecem para sempre?
- Da angústia, medo, stress causado aos donos/cuidadores de animais ao vê-los sofrer com toda esta situação?
- Do pânico instalado nos animais que estão cativos em jaulas em veterinários, numa posição ainda mais frágil?  
- Dos doentes internados em hospitais e que são incomodados com este ribombar permanente durante o espetáculo?
- Dos milhões de euros dos contribuintes, gastos em algo que prejudica todos?
  
Daria para enumerar muitas mais situações mas estas julgo que chegam.
Parece-me ser tempo de tomarmos consciência do quão prejudicial é um fogo de artifício.

O que te parece?

domingo, 29 de dezembro de 2019

Queres ganhar 5 tostões?





Escrevi estas linhas quando o Ti Riques morreu, há cerca de cinco anos.  Logo depois morreu também a Ti Isabel. Não as publiquei porque achei lamechas e me senti culpado por não o ter visitado antes de morrer.Hoje mudei de ideias.



          “Queres ganhar 5 tostões?”


Fomos hoje enterrar o “Ti Riques”, Henrique Rodrigues da Siva, filho do Carrenquita, um dos meus vizinhos de 50 anos, porta com porta. Uma relação Humana, salutar, solidária e muito próxima. A Ti Isabel ainda não se apercebeu que o seu companheiro de 60 anos morreu. (Estou a engolir em seco e a controlar as emoções ao escrever estas linhas).
Restam as lembranças de uma pessoa que viveu e conviveu connosco durante toda a nossa vida.
Falhei para com O Ti Riques nestas últimas semanas da sua vida. Tinha prometido a mim mesmo ir visitá-lo, e à Ti Isabel, num qualquer Domingo de manhã que estava para vir, adiando sucessivamente a visita, optando pelo alheamento egoísta, deixando que fosse o próximo, e o próximo, e o próximo... .
Depois de sucessivos AVC’s, não resistiu.
Carteiro durante mais de 40 anos em Sintra, tinha uma segunda profissão enquanto a vista e as pernas o permitiram: Barbeiro.
No início dos anos 70 era cliente habitual ao domingo de manhã na barbearia do Ti Riques, não para cortar sempre o cabelo mas para ouvir as conversas dos homens da idade do meu avô que lá iam, religiosamente, cumprir o ritual semanal de fazer a barba. O meu Avô Tanoeiro, o Domingos Carrombão, o Lourenço Maçanico, o Sebastião, o Domingos Maçanico, o Riques Borracho ou o Zé Tanoeiro (Ganinça), irmão do meu avô, eram parte da equipa matinal de domingo que compunha a freguesia da barbearia do Ti Riques. Eu também queria participar nas conversas dos mais velhos, alvitrando sobre assuntos das fazendas, do tempo ou da seara. Às tantas o Ti Riques perguntava-me:
“Queres ganhar 5 tostões?”
“Quero, Ti Riques” respondia eu entusiasmado.
“Então deixa-te estar caladinho” respondia-me. E eu aguentava-me mais uns minutos, esquecia-me e voltava à carga com nova remessa de questões iluminadas.
Ali cortei o cabelo até começar a olhar para a sombra, altura em que os atributos capilares começaram a ter um peso significativo na minha auto estima. O Ti Riques compreendia a criançada e só se ria.
Durante décadas entrei na sua casa como se minha fosse. Ir à “Casa das Barbas” (a barbearia), à sua sala ou cozinha, era praticamente o mesmo que entrar na minha própria casa, embora pedindo sempre licença para entrar.
Cresci com o Toino (para os mais novos o Tofi), um dos filhos do casal. Juntos fizemos a quarta classe na Escola Primária de Fontanelas. No largo em frente à casa corríamos atrás da bola como miúdos que éramos. O Ti Riques também corria e jogava connosco, apesar de ter um problema de nascença numa das pernas. Coxeava mas corria tanto como nós. Ou mais. A sua boa disposição e a sua graça natural atraíam os miúdos e fazia com que a “Casa das Barbas” fosse o quartel general da criançada. Lá se delineavam estratégias para assaltar um qualquer terreno com nespereiras, laranjeiras ou pessegueiros, na ausência do Ti Riques, claro.
Já na fase adulta e durante décadas acordei de manhã com o barulho do escape da Zundapp que, religiosamente à mesma hora, passava à minha janela do quarto. Essa mesma Zundapp (dos anos 80) foi resgatada por mim e pelo Joel Querido a um ladrão que a roubou da Casa das Barbas. Desencantámos a motorizada numa barraca lá para os lados de Coutinho Afonso, depois de uma investigação caseira e uma perseguição a alta velocidade ao desgraçado que a roubou. O Ti Riques não sabia como nos agradecer termos encontrado a sua "princesa" de 30 anos. Até chorou.
Como nos devemos lembrar das pessoas que nos dizem algo, fica este registo escrito de uma pessoa que me disse muito: Henrique Rodrigues da Silva, para mim, o Ti Riques.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019




Um Conto de Natal

No passado sábado, 17 de Dezembro (2016), o meu pai foi encaminhado para a urgência do Hospital Amadora-Sintra numa situação preocupante, apresentando sinais que se assemelhavam a um AVC. Já na sala de espera e enquanto esperávamos que o chamassem para a triagem, reparei num senhor a roçar os 70 anos, aspeto risonho, bem-disposto, jovial e conversador, apesar dos cateteres nas costas das mãos. Aguardava pacientemente na sala de espera a sua vez para ser chamado. Reconheci-o de imediato. O Sr. António…

Em 2011, após uma queda de bicicleta e apresentando sinais de uma clavícula fraturada, levei o meu filho ao Serviço de Urgência Básico de Mem-Martins, nas antigas instalações da Messa. Chegámos a este serviço de urgência numa altura particularmente chuvosa. Chovia a potes sem se antever melhorias pelo que decidimos aventurarmo-nos pelos intervalos da chuva. Não resultou. Eis que no meio desta epopeia molhada vejo um senhor dirigir-se a nós com um chapéu-de-chuva, numa desesperada tentativa de nos manter o mais secos possível. A chuva que deveria ser a dividir por dois foi a dividir por três. Naquele momento nem sequer tive tempo de avaliar aquele simples, mas gigantesco, gesto de boa vontade por parte daquele senhor que, abandonando o conforto da portaria foi, num tremendo gesto de generosidade e boa-vontade, ajudar pessoas que nunca na sua vida tinha visto, indo muito para além dos seus deveres de porteiro deste serviço de urgência em Mem Martins. Aquela ânsia de ajudar vinha do instinto, não medindo o prejuízo a si próprio causado contando apenas e só o bem que a terceiros poderia causar. Assim foi. Escoltou-nos ao edifício e voltou para o seu gabinete na portaria, espremendo as calças encharcados pela água que nos era dirigida. Nesse mesmo dia refleti sobre o sucedido naquele serviço de urgência. Fiquei particularmente sensibilizado com aquele gesto tão inesperado. Fez-me acreditar que a natureza humana tem destas coisas fenomenais, mudando por completo o curso do nosso dia. Para além de me ter ajudado na hora, inspirou-me naquele dia a dar o meu melhor em todas as situações para com os outros, permitindo-me iniciar naquele dia o meu “efeito dominó de boa-vontade”, tal foi o poder inspirador da ação deste senhor, funcionário da Câmara Municipal de Sintra cujo dever não é, nem de perto nem de longe, ajudar pessoas no parque de estacionamento do Serviço Básico de Urgência de Sintra com um chapéu de chuva, molhando-se completamente e indo muito para além do seu dever enquanto porteiro deste serviço. Foi de tal forma “contaminante” este gesto que decidi escrever uma carta à Câmara Municipal de Sintra, mais propriamente ao Departamento de Recursos Humanos, explicando o sucedido e tecendo algumas considerações sobre o gesto deste funcionário da CMS. Damos muito mais importância à reclamação. Damos mais atenção aos nossos direitos e esquecemos os nossos deveres. Era minha obrigação, meu dever, usar o “Livro de Elogios” enaltecendo esta pessoa que tinha a seu cargo a portaria daquele serviço. Fez-me sentir bem comigo próprio e senti que o mínimo que poderia fazer seria dar a conhecer ao departamento correspondente o que este funcionário da CMS fazia aos utentes daquele serviço. Passo com regularidade a este serviço mas nunca mais vi este senhor, reformou-se ou mudou de serviço, pensava eu. Sempre que lá passo ainda me lembro do sucedido.

O Sr. António! Olhei para ele e cumprimentei-o, com um:
- “Passou bem Sr. António?” Olhou-me com ar interrogativo e perguntou:
- “De onde é que eu o conheço?”
- “De Mem Martins, Sr. António, do Serviço de Urgência onde o senhor trabalhava.”
-“ Mas você é de Mem Martins?” perguntou-me de imediato.
-“ Não, Sr. António. Trabalho lá. Aqui há uns anos o senhor ajudou-nos enquanto chovia…”
-“ Já sei.” Atalhou de repente. “Vocês estavam num Peugeot branco pequenito. Quantos anos tem o seu rapaz?” Inquiriu.
-“Já fez 21, Sr. António”. Respondi-lhe
-“Pois é. O seu filho era menor e não pôde ser atendido. Lembro-me bem. Já me reformei há quatro anos.”
-“E eu enviei uma carta…”
-“Eu sei, eu sei…” Apressou-se. “Chamaram-me aos recursos humanos e mostraram-me a carta. Você é de Fontanelas, não é? Tenho lá a carta que você enviou. Fui chamado ao Presidente Fernando Seara. Recebi um louvor.”
Enquanto esperava que o meu pai fosse chamado para a triagem ainda fui apresentado à esposa do sr. António:
-“Este é o tal sr. que enviou a carta à Câmara, foi lá com o filho …”

Obrigado Sr. António. Se todos nós tivéssemos a sua bondade e generosidade, este “efeito dominó” de coisas boas contagiaria todos e estaríamos num mundo muito melhor. Como o mundo é muito pequeno, tenho a certeza de que nos encontraremos novamente, desde que não seja num qualquer serviço de urgência.

Obrigado

Carlos Camacho

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019



Uma Aventura em Londres

1º Capítulo

Verão de 1983


Chegara o dia 17 de Julho de 1983. Estava a ganhar asas e a querer aventura. Após uma primeira incursão pela língua inglesa no Instituto Britânico ao Príncipe Real, achei que o futuro deveria ser mais radical e rumar à origem da língua: Inglaterra. Por conhecimentos familiares, consegui ir com trabalho apalavrado. Tirei o Passaporte e comprei um bilhete de avião. Pela primeira vez vou andar de avião. A estreia está prevista na British Airways, voo 435 para Gatwick, a meia hora de comboio da estação de Victoria, bem no centro de Londres. Convenci os meus pais que o futuro estava em aprender inglês num verão escaldante da capital britânica, refrescado com latas de Stella Artois e Guiness a 47 pence cada. Financiaram-me a viagem, parte da estadia, umas dúzias de “Pints” e uma ida e volta para o aeroporto da Portela. À data foi muito, já que não era nada habitual este tipo de habilidades para miúdos de 18 anos nascidos e criados na aldeia de Fontanelas. O estrangeiro era algo muito distante e inacessível, a menos que o objectivo fosse a emigração por longos períodos de tempo. Viajar hoje para Londres é mais ou menos banal e pode-se ir almoçar ao Harrods num qualquer Sábado do ano, regressando à noite sem qualquer sobressalto. À data, ir a Londres era quase como ir hoje à Papua Nova Guiné, sem telecomunicações e apenas com direito a raros telefonemas e carta escrita que demorava quinze dias a chegar ao destino. WhatsApp, fax, email, telemóvel, internet, Skype, etc, era tecnologia por inventar naquele longínquo mas inesquecível Verão de 1983. À data ainda Portugal estava longe de conseguir que pessoas e bens pudessem transitar sem problemas pelas fronteiras de Schengen pelo que, à entrada do Reino Unido, fui analisado à lupa pelos agentes do SEF local. Mal me desenrascava com o inglês e em frente ao inspector da alfândega muito menos. A pretexto de ir passar dois meses de férias em casa de familiares e matricular-me numa escola de inglês, num discurso já ensaiado, inquiriram-me se tinha dinheiro para pagar a escola e fazer face às despesas nesse tempo todo. Saquei de 500 libras do bolso e mostrei-lhes, triunfante, já que não estava ali para brincar. Só não lhe disse que 100 eram minhas e 400 emprestadas pelo Sr. Dino, dono do restaurante para onde ia trabalhar e com quem fiz a viagem. Entrei em Inglaterra. Estava, finalmente, clandestino.Toca de procurar quarto, depois de ficar uma noite em casa dos patrões. Desaguei, após afincada procura ajudado pelo catalão da cozinha, num terceiro andar sem elevador de um prédio vitoriano de Gloucester Road, junto a uma igreja de que nunca soube o nome. Depressa me instalei com a malita de viagem, depois de abrir mão de 50 libras de caução e 30 de renda para a semana que entrava. Dos 100 já só restavam uns trocos, já que bilhete de comboio, qualquer coisa que comi na rua e uma toalha de banho que me tinha esquecido de levar, levaram praticamente o resto. Como não tinha mais dinheiro, creme da barba e pincel não levei, restou-me espalhar a pasta de dentes à mão para não fazer a barba a seco. Ainda sinto o fresco cortante na face mentolada da pasta de dentes Colgate à saída de casa nas manhãs londrinas a caminho da Beauchamp Place, Knightsbridge.Já tinha entrado no “Red Line” financeiro, mas como foi preciso comprar o passe semanal fiquei logo em dívida com o Sr. Dino que me abonou algumas libras para fazer face a despesas diárias e comprar uns macitos de Marlboro de 17 cigarros, à data populares em Londres nas máquinas self-service e nas lojas 24/24 de indianos. Uma libra valia, à data, 180 escudos (90 cêntimos €), mais ou menos. Um macito de Português Suave com filtro custava, à data, cerca de 40 paus (20 cêntimos €). Nunca tinha convivido com uma moeda tão “alta”, o que me veio a ser fatal na gestão do parco soldo semanal. Andava sempre “teso”. Só a partir da terceira semana consegui ter dinheiro para enviar postais e cartas para familiares e amigos.

Continua...

domingo, 1 de dezembro de 2019

Dedicação, Consistência e Integridade


Dedicação, Consistência e Integridade.
Reparei recentemente nas obras a decorrer na “Boa Malha” ou "Bazar Saloio" há já algum tempo, fechando um ciclo de quase três décadas de permanência das inquilinas. Já com a saída do António Marques da Silva (Tangui), da ex Mercearia das Ratas onde esteve por mais de 30 anos numa constante e dedicada permanência, veio-me à memória que poucos são os negócios de porta-aberta que se conseguem manter em Fontanelas há mais de 30 anos com as mesmas pessoas, no mesmo local, num constante e consistente desempenho, dia após dia, mês após mês, ano após ano.
Também a reforçar todo este pensamento, lembrei-me da Soledade da Mercearia da Viúva, dando um final abrupto a um ciclo da permanência da mesma pessoa e no mesmo local durante mais de setenta anos, já que lá nasceu e morreu. A Nanda da Papelaria está no mesmo local, com o mesmo negócio, diariamente, constantemente, sem falhar, há quarenta anos!!! É de louvar esta persistência e resiliência. A Tia Eva do Caxiné na drogaria, embora nem sempre no mesmo local, há mais de 40 anos, praticamente, todos os dias a abrir a porta para os fregueses que querem parafusos, pregos ou um litro de petróleo. Também a padaria conta com uma das pessoas que há mais tempo zela pela entrega de pão fresco diário: A Zeca. Difícil igualar tanta dedicação. Também não nos podemos esquecer que de porta aberta temos que contar com a Capela, tendo como inquilina fixa a Nossa Senhora da Esperança, residente há muitas décadas neste local e sucessivamente assessorada ao longo dos anos por párocos de passagem. Mas porque nessas questões tenho uma opinião própria, de fé católica não alvitro e de almas não percebo, ficamo-nos por aqui.
É difícil manter negócios de aldeia. É cada vez mais difícil pela sua dimensão e limitada possibilidade de expansão, já que o crescimento de um negócio tinha muito a ver com o fluxo pedonal de pessoas que, diariamente, passam à porta, não contando com o comércio eletrónico, obviamente.
Nos negócios da aldeia, talvez a área mais difícil e desgastante seja mesmo a restauração. Pela rotação de sucessivos donos e inquilinos dos bares, cafés e restaurantes, dá para entender que não é negócio fácil. Tem muita rotação. É stressante, desgastante, suga-nos o tempo, a vida e não compensa, na maior parte das vezes. Sei com exatidão do que falo. Neste cenário da restauração de Fontanelas temos um estabelecimento que se destaca: O Café Coelho. E aqui a coisa pia fino. Temos um café que se destaca, sempre com as mesmas pessoas, no mesmo local, há 33 anos. Tenho uma profunda admiração pelas Irmãs Sandra, Célia e Lena Coelho. A Sandra sempre a mexer, a Célia aparentemente antipática, é das pessoas mais simpáticas e corretas que conheço, para além de ter um profundo sentido de humor. A Lena é a relações públicas e, na minha perceção, a “cara” do negócio. Sempre que vou ao Café Coelho a Sandra, a Célia e a Lena recebem-me sempre com a sua particular forma simpática e acolhedora, havendo sempre tempo para uma risota sobre um qualquer assunto na ordem do dia.  Estas raparigas, hoje mulheres, fizeram com que, ao longo de mais de 30 anos, o Café Coelho se conseguisse manter com muita dedicação, consistência e integridade sendo, no meu entender, uma das principais referências na restauração da nossa zona, pela sua consistência, resiliência e serviço. Se a memória não me atraiçoa, faz este Dezembro 33 anos que abriu as portas. 33 anos de Serviço consistente, dedicado, pontual, onde os padrões de qualidade estão praticamente incólumes desde o início da atividade. Um particular obrigado à Sandra, à Célia e à Lena pela “teimosia” de servirem os clientes com a sua particular forma de ser e estar. O café Coelho é, sem dúvida, um local a preservar para que todos possamos usufruir deste espaço especial em Fontanelas.
Como não devemos pedir muito de cada vez, venham mais 33 anos.
Parabéns às manas Coelho.