Fogos de artifício
Este final de ano promete ser barulhento. A economia está em
alta e as camaras municipais, governos regionais, juntas de turismo e demais
entidades que querem brindar os seus munícipes/clientes com um deslumbrante
fogo de artifício abriram os cordões à bolsa e a coisa promete. É diretamente
proporcional a importância do evento face à dimensão da entidade patrocinadora.
Na Madeira a tradição manda que seja um deslumbrante espetáculo pirotécnico de
170.000 peças. Um pouco por todo o país os fogos de artifício são uma
constante, é um facto.
Neste contexto de espetáculo de arregalar o olho em pleno século
XXI, alguém se lembra:
- Das crianças que estão na sua fase de sono e que serão incomodadas pelos rebentamentos dos petardos e que lhes irão provocar choro, pânico, medo e outras coisas menos boas?
- Dos incêndios provocados?
- Dos animais que morrem (literalmente) de medo e
de pânico?
- Dos animais que fogem dos seus cuidadores e que simplesmente
desaparecem para sempre?
- Da angústia, medo, stress causado aos
donos/cuidadores de animais ao vê-los sofrer com toda esta situação?
- Do pânico instalado nos animais que estão
cativos em jaulas em veterinários, numa posição ainda mais frágil?
- Dos doentes internados em hospitais e que são
incomodados com este ribombar permanente durante o espetáculo?
- Dos milhões de euros dos contribuintes, gastos
em algo que prejudica todos?
Daria para enumerar muitas mais situações mas estas julgo
que chegam.
Parece-me ser tempo de tomarmos consciência do quão
prejudicial é um fogo de artifício.
O que te parece?
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